sábado, fevereiro 05, 2011

"Os dedos se entrlaçam num momento que beira o infinito. Minutos contados no relógio e na cadência da respiração alheia, que sussurra no ouvido coisas doces. O calor do corpo, os beijos quase inconscientes trocados pela madrugada. Deus existe quando peço que isso não se acabe. Cada segundo trás um sabor diferente. O mundo é o mesmo. Mas as cores são como nós vemos. Eu agarro os dedos como se agarrasse o infinito, olhando o horizonte de uma história da qual eu não conheço o fim. Houve um tempo em que eu não acreditava. Por que acreditar? Por que é real. Eu acredito. Eu sinto em cada sílaba. Cada mínima palavra que minha alma guarda como se guardasse o mais dourado dos tesouros. O sono vem e eu sinto a paz. Onde mora a paz? Nas madrugadas coloridas pelos seus olhos e seu sorriso. É quando amanhece o infinito e eu, finalmente, pego no sono. O sono bom. Em braços quentes onde o corpo se acalma e a alma se agita de certezas e desejos. Há um medo que não dorme, mas há um abraço forte que acalenta. E eu descanso. Como quase nunca consigo, como sempre desejo. Desejo. Só o tempo dirá até onde. Só eu sei o quanto. Seus dedos nos meus. O tempo pára. O nosso momento infinito..."

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