Segue-se a transcrição do diálogo ocorrido ainda a pouco na minha mente.

Legenda:

Em verde: Meu ládo cético e pseudo-frio.
Em vermelho: Meu lado crédulo, romântico e apaixonado. {O que sempre se lasca.}

- Certo, garota. Está na hora de ter uma conversa séria consigo mesma.
- Segurem-se, que agora a coisa vai ficar complicada.
- Bem, vamos lá... Sinceramente, guria, o que você pensa que é o amor?
- Amor?
- Eu sei que parece uma pergunta filosófica e complexa e provavelmente você vai começar a citar um daqueles mil poetas e compositores melosos...
- Tipo... "O amor é fogo que arde sem se ver. É ferida que dói e não se sente"?
- Isso mesmo. Mas esquece a cultura inútil por enquanto e me responde. O que você acha que é o amor?
- Se essa é mais uma daquelas sua piadinhas pra depois ficar me zoando você pode...
- Não, criatura! Pensa comigo! Somos duas partes opostas de uma mesma pessoa, certo?
- Certo.
- E esse é um tema complexo, porém vital para existência humana, certo?
- Sim.
- Então o mínimo que podemos fazer é entrar em consenso pra não deixar a guria aí absolutamente maluca.
- Como se ela precisasse ficar mais maluca...
- Esse é o ponto. Agora, agiliza o processo e me responde.
- Mas o fato é que é muito complicado! Não dá pra descrever assim... Amor é uma coisa louca, um estado indefinível, uma mistura de muitas sensações.
- Em suma, uma grande bagunça desnecessária. Sem contar que nunca é real.
- É real sim! Claro que é... pode ser raro e não ser tão simples como nos filmes , mas não deixa de ser real!
- Tá, então me diz uma única vez em que experimentamos isso... e nem pense em dizer "amor materno" que eu juro que te bato...
- Okay, digamos que não tivemos lá muita sorte...
- Sorte nenhuma, você quer dizer.
- Tudo tem seu tempo... Ás vezes ainda não era hora, não existiu a pessoa certa. Por que amor não é assim, que aparece do nada, ou vem em carta com remetente certo. É um processo, uma procura...
- ...Que nunca tem fim, por que nunca se acha nada! Pra mim, amor é outra coisa.
- E pode me dizer o que é então?
- Na verdade chego a duvidar que existe. Olhe os outros ao seu redor... o que chamam de amor? Nada mais do que costume ou uma leve troca de interesses!
- Ultraje! Não é nada disso! Existe afeto, vontade de estar junto, querer ter por perto e querer bem!
- E se existe, por que não achamos??
- O seu problema é que você tira a magia da vida! Perde a esperança quando o caminho fica difícil!
- E sabe qual é o problema dela?
- Qual?
- É que, apesar de sempre ouvir nossas brigas, ela sempre dá mais valor pra você! Eu existo nela, mas você é mais forte... e as discussões são sempre inúteis!
- Isso quer dizer que vamos continuar procurando o amor?
- Isso quer dizer só uma coisa...
- O que?
- Que é melhor a gente se preparar pra continuar a sofrer...
- "Quem inventou o amoooor, me explica pooor favooor... quem inventou o amooooor, me explica por favor!"


Em suma, fica claro a minha confusão??
É, eu pensei que ficaria mesmo... *suspira*


E PS.: Qualquer semelhança entre as cores das "vozes na minha mente" e as cores da "Sonserina" e "Grifinória" não é mera coincidência.