segunda-feira, janeiro 25, 2010

Estive em seu corpo. Na minha imaginação idealizei suas linhas, descobri seus contornos, quis seus pecados. Senti docemente toda a alteração de espírito, vivenciei a passagem do desejo intenso a verdade profunda. Senti seu corpo.
Eu quis mais.
Toquei com calma seu rosto e encarei seus olhos: não pedi sua alma, mas quis saborear os minutos ternos. Seria a ausência da manhã seguinte que me fez duvidar do brilho que vi neles?
Até que ponto posso te desejar? Até onde devo te querer... Até quando?
Nunca quis ser tudo, mas esperava ser o suficiente. Chamar sua atenção, marcar presença, abrir meus braços e receber seu corpo entre eles.
Nunca quis ser eterna, mas queria ser o bastante.
Não quero machucar. Não quero prender. Quero, e basta.
Quero. E é pecado?

Um comentário:

Anônimo disse...

Meu medo: Querer. O quê? Mistério.
O Mistério: aquilo que mais apreciei durante um bom tempo.
Hoje só fiquei com a saudade daquilo que não experimentei tocar. Hoje ainda desejo. Ah! O meu desejo misterioso não passa da beleza concebida pelo pecado. O meu maior pecado foi... E ninguém nunca soube. Não querer não é pecado. Pecado é cometer um crime e depois negá-lo.
Meu maior crime: Amar.
Jamais neguei meu amor à...Mistério.
Se entregar e sentir saudades daquilo que lhe fez bem não é errado, pior seria sonegar seus anseios e desejos