Sinto que agora entendo a diferença entre o ser e o querer ser.
Há algum tempo podia acreditar que querer ser é ser. Mas não.
No fundo existem barreiras intransponíveis, obstáculos geneticamente impostos e peças do destino.
As ultimas são as mais frustrantes, diga-se de passagem, e mais paradoxais.
É quando você vê seu ato profundamente pensado e friamente manipulado parar no meio do nada, desvanecendo-se no êxtase falso de imaginar que o mundo um dia pode ser melhor e que as pessoas são boas.
(Não ofendendo quem pensa assim e quem vive assim. Mas o pessimismo, apesar de clichê, á tão meu amigo.)
E no fundo, você se torna.
Um ser mutável, indisponível em certos mementos para atos racionais e sempre predispostos a agir de maneira indefinida nos momentos menos propícios.
Uma linha cheia de revezes, traços firmes intercalados com momentos de quase desistência do lápis de continuar grafando.
E o mais engraçado é que no fim não dá pra ter um panorama do desenho geral, por que você está tão longe do ponto de partida que tudo já se perdeu do seu horizonte.
No final você simplesmente é.
O que?
Quem sou?
Sou.
E ponto final.
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Isso é tão raro!

Um comentário:
tbm gostei do seu texto...ahushahhsa
eh tao difil escrevermos e nós mesmos gostarmos de nossos textos, que quando isso acontece temos ateh receio, ficamos sempre procurando defeitos "imperceptiveis"...
muito bom...
o pessimismo na verdade eh um companheiro de todos, eh quem aconselha, o que analisa as possibilidades....
beijos mil...
:**
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