Rodolphus não existe, é verdade.... mas pra mim, queima em meu peito.
Apesar de que, há quem diga que ele... bem, que ele "apareceu" na minha vida real, nessa minha passagem pela cidade dos sonhos... né, Jessy? {E o pior é que veio com "Bellatrix" e tudo... ¬¬'}
Aquilo não tinha absolutamente nada a ver com sentimentos. Era mais um tipo de estranheza. A excitante sensação de ver um estranho – muito estranho na verdade – surgir em sua vida e te encarar, com os olhos sujos e devassos, como se te desafiasse a ser pior que ele. Primeiro ela fugiu, como sempre fugira a vida toda, de todas as coisas diferentes que lhe aconteceu: sorrindo ambiguamente, desfrutando secretamente dos elogios e então se confundindo com as possibilidades e por fim, cedendo ao inevitável.
E ela provou que ele era deliciosamente estranho.
Como, pelos céus, lábios podiam ter um gosto tão absurdamente inumanos? E como dois lábios podiam se encaixar tão bem? E como dois corpos podiam se desejar tão intensamente, sendo tão diferentes por dentro e por fora?
Suas mãos grandes envolviam-lhe o corpo com firmeza. Mas era loucura pensar que tudo era real. Que vida ele teria quando lhe dava as costas? Qual era a temperatura de sua pele quando não ardia de encontro com a dela?
E que nome usaria quando tudo acabasse?
No início decretou que não precisava saber... Disse que lhe queria somente o corpo, somente o sexo e que isso bastava. Assim como bastavam as ilusões que lhe ardiam o peito quando estava com ele.
Porém, depois, queimou-lhe o vazio de sua ausência. Suas mãos não tinham o que fazer, se não lhe tocavam. E ela começou a se perguntar: O que fazer? Qual o remédio?
Ela se apaixonou por um estranho de olhos sujos que lhe abandonava toda vez que ela fechava as páginas do livro que fingia escrever.
Ela se apaixonou por um ideal, por um sonho.
E como, pelos céus, como isso poderia competir com homens que eram meramente reais?
Dedicado a Rodolphus Lestrange, amor irreal, mais real que muitos verdadeiros.

2 comentários:
Adorei o texto *-*
Você escreve muito bem, guria *___*
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CARAMBA!!!
Nem sei como vim parar aqui, só sei que não quero mais voltar!
Conto sem noção? PelamordeDeus! Queria eu saber escrever uns contos sem noção assim... ¬¬
Menina! Parabéns por essa escrita envolvente e por esse blog lindo viu? Beijooo
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