segunda-feira, maio 18, 2009

Eu sou a criança inquieta, a vontade que não cessa, sou a saudade de casa. Sou a paixão arrebatadora, o carinho amigo, a risada alta. Sou o medo do futuro, o arrependimento do passado. Eu sou aquela vontade de jogar tudo fora, de fazer escândalo, de sentar num canto e chorar. Sou a voz que acorda as 4 horas da madrugada cantando uma música da infância, que já tinha sido esquecida há muito tempo....
Eu sou as palavras jogadas ao vento numa tarde fria, sou o caderno cheio de lembranças, sou as cartas que nunca chegam ao destino e que envelhecem guardadas dentro de livros. Eu sou toda felicidade em um momento e no outro sou só confusão. Eu sou a mesmice do domingo, a correria da semana, a vontade de gritar. Ou sou o banho de chuva. Sou a risada no meio do filme de drama, sou o sonho insano, o desejo secreto, as resoluções malucas.
Sou sempre a pior maneira de resolver as coisas, as decisões mais estúpidas, as declarações de amor mais bestas, as razões mais infundadas.
Sou o caos e o marasmo, a vontade e a preguiça, o medo e impulso.
Eu sou a promessa de nunca esquecer, de um dia voltar, de fazer tudo diferente. E eu vou.
Mas no fundo eu sou aquela que nunca vai mudar.
Sou. Vou. Até o dia em que tudo acabar.

2 comentários:

Victor Zanini disse...

Ae! TEmpos sem aparecer!
mas quemé vivo sempre aparece

hehehe

Beijos !

Anônimo disse...

Há tempos não leio textos tão cheios de sentimentos quanto esses que você posta aqui. Esse seu "eu sou" é aquilo que poucas pessoas conseguem concretizar através da escrita. Nele é possível ver amor, tristeza, vazio, saudade e ao mesmo tempo perceber a valorização do ser de uma maneira poética e sem igual. Suas palavras são apaixonantes!